Josef Mengele, conhecido como o “Anjo da Morte”, foi um dos criminosos nazistas mais procurados do mundo após a Segunda Guerra Mundial. Ele era médico e realizou experimentos cruéis em prisioneiros no campo de concentração de Auschwitz, especialmente em gêmeos e pessoas com deficiências. Após o fim da guerra, Mengele fugiu da Europa e encontrou refúgio na América do Sul, passando por Argentina, Paraguai e, finalmente, Brasil.
No Brasil, Mengele viveu por quase duas décadas, mantendo uma vida discreta e protegida por simpatizantes. Durante os anos 1960 e 1970, há relatos de que ele teria se escondido em Caieiras, São Paulo, onde supostamente trabalhou na fábrica de papel Melhoramentos sob identidade falsa. Ele utilizava documentos no nome de Wolfgang Gerhard, um austríaco que lhe forneceu proteção. Apesar dos rumores, a empresa nega oficialmente que ele tenha sido empregado lá.
A história de Mengele no Brasil ganhou notoriedade com investigações e reportagens que revelaram detalhes sobre sua vida no país. Segundo fontes, ele manteve contato com amigos na Alemanha e expressava o desejo de retornar, mas temia ser capturado, como aconteceu com Adolf Eichmann, outro criminoso nazista que foi sequestrado pelo Mossad na Argentina e julgado em Israel.
Mengele morreu em 1979, em Embu das Artes, São Paulo, vítima de um afogamento enquanto nadava. Seu corpo foi enterrado sob o nome falso de Wolfgang Gerhard, e sua identidade verdadeira só foi confirmada anos depois, quando sua ossada foi exumada e submetida a exames de DNA.