No primeiro semestre de 2023, o Brasil se viu imerso em um cenário complexo e em constante evolução no que diz respeito aos ataques cibernéticos.
Com uma escalada alarmante de eventos de segurança digital, o país registrou um número impressionante de 23 bilhões de tentativas de violação. Portanto, tal fato fez consolidar-se como o principal alvo de ataques cibernéticos na América Latina.
Assim, esse marco preocupante destaca a necessidade urgente de medidas proativas para fortalecer a infraestrutura de segurança cibernética e proteger os ativos digitais do país.
Relatório sobre ataques cibernéticos aponta Brasil como o país mais atingido
O relatório do FortiGuard Labs, laboratório de inteligência e análise de ameaças da Fortinet, revela o Brasil como o mais atingido da América Latina. Isso apenas no período que abrange o primeiro semestre de 2023.
Ademais, são cerca de 23 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos, colocando o país na primeira posição, seguido pelo México com cerca de 14 bilhões. Depois vem a Venezuela com 10 bilhões, Colômbia com 5 bilhões e, na lanterna, o Chile com 4 bilhões.
Legislação sobre crimes cibernéticos ainda é muito fraca no Brasil do século XXI
Vulnerável, o Brasil se encontra muito fácil e disponível aos ataques cibernéticos. A opinião é do advogado especialista em direito digital, Mario Paiva. Ele aponta limitação na legislação e nos procedimentos judiciais envolvendo o assunto. Isso porque os limites internacionais são presentes nesses delitos, quando cometidos fora do país trazendo para o Brasil seus impactos.
“Enquanto não nos adequarmos a nível global em matéria de leis e de decisões judiciais, ainda vamos estar muito vulneráveis a esses ataques cibernéticos. São poucas possibilidades de reversão pelos meios legais e judiciais”, diz.
Avanços cibernéticos foram grandes e ampliaram as oportunidades, mas ainda há o que ser feito
O Brasil experimentou muitos avanços tecnológicos nas últimas décadas. Além disso, esse arranque trouxe consigo inúmeras oportunidades e benefícios, desde a digitalização de processos até a modernização de setores inteiros da economia.
No entanto, essa crescente dependência da tecnologia também abriu portas para indivíduos e grupos mal-intencionados. Eles exploram vulnerabilidades, seja para obter ganhos financeiros, políticos ou simplesmente causar perturbações.
Os constantes ataques cibernéticos demonstram a criatividade às quais os espertalhões se dedicam
Os ataques cibernéticos, por isso, variam em natureza e complexidade. Vão desde ameaças simples como phishing e malware até ataques mais sofisticados como ransomware e ataques de negação de serviço distribuído (DDoS).
Assim, os atacantes, muitas vezes se utilizam de táticas enganosas para iludir os usuários, explorando sua confiança e falta de conhecimento técnico.
Portas abertas facilitam a vida dos criminosos cibernéticos
Além disso, a ampla adoção de dispositivos conectados à internet e a expansão da Internet das Coisas (IoT) aumentaram ainda mais as superfícies de ataque. Hoje em dia, são responsáveis pela maior proporcionalidade aos cibercriminosos de mais pontos de entrada potenciais.
Os setores mais afetados por esses ataques no Brasil incluem finanças, saúde, energia e governo.
Por isso, os ataques cibernéticos comprometem mais que a privacidade e a segurança dos dados dos cidadãos como também interrompem serviços essenciais. Os ataques são direcionados aos sistemas de saúde e energia, causando impactos diretos na sociedade e na economia como um todo.
Conscientização contra crimes cibernéticos pode ajudar na diminuição dos ataques
Para enfrentar esse cenário desafiador, é crucial adotar uma abordagem multifacetada. Primeiramente, investir em educação e conscientização, em segurança cibernética é fundamental para garantir que os indivíduos e as empresas estejam cientes das ameaças. O usuário fica melhor assistido porque, mais que saber da existência, é importante saber como se proteger.
Além disso, o governo deve colaborar com o setor privado para desenvolver políticas e regulamentações sólidas. Tanto que incentivem a implementação de medidas de segurança eficazes e possam compartilhar informações sobre ameaças.
Os ataques cibernéticos se espalharam pelo globo terrestre. Muitos são os países afetados
A colaboração internacional permite maiores chances de defesa. Isso porque é essencial, já que muitos ataques cibernéticos ultrapassam fronteiras e envolvem atores de diferentes partes do mundo.
Então, o intercâmbio de informações e a cooperação entre países podem ajudar a identificar ameaças em estágios iniciais e rastrear os perpetradores.
Identifique forças e fraquezas do dia a dia. É necessário a união dos bons nessa guerra.
O Brasil viu crescer a incidência de ataques cibernéticos no primeiro semestre de 2023 reflete a natureza cada vez mais complexa do ambiente digital.
Afinal, também representa um desafio significativo, isso porque essa situação oferece a oportunidade de fortalecer as defesas cibernéticas do país por meio de algumas medidas. Em virtude disso, as medidas devem ser: educacionais, regulatórias e de colaboração internacional, precisam ser tomadas. Nesse sentido, com o firme objetivo de proteger a infraestrutura digital e garantir a segurança de seus cidadãos.