A Epidemia mpox no Brasil, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, continua a ser uma preocupação de saúde pública no Brasil. Em 2024, o país já registrou 709 casos confirmados ou prováveis da doença, todos causados pela cepa Clado 2b, que circula desde o surto de 20221. Embora o número de casos seja significativamente menor em comparação com os mais de 10 mil casos notificados em 2022, a vigilância e as medidas de prevenção permanecem essenciais.
O que é a Mpox?
A mpox é uma doença causada pelo vírus monkeypox, pertencente ao mesmo grupo de vírus da varíola, embora seja geralmente menos grave2. Os sintomas incluem febre, dores musculares, cansaço, linfonodos inchados e erupções cutâneas que começam no rosto e se espalham para outras partes do corpo2. A doença pode ser transmitida através do contato físico com uma pessoa infectada, materiais contaminados ou animais infectados2.
Quando e Como Apareceu?
A mpox foi identificada pela primeira vez em 1958, quando dois surtos de uma doença semelhante à varíola ocorreram em colônias de macacos mantidos para pesquisa, o que levou ao nome “varíola dos macacos”2. O primeiro caso humano foi registrado em 1970 na República Democrática do Congo, durante um período de intensificação dos esforços para erradicar a varíola2. Desde então, a mpox tem sido relatada em vários países da África Central e Ocidental, com surtos ocasionais fora da África2.
Onde e Por Que Surgiu?
A mpox é endêmica em regiões da África Central e Ocidental, onde o vírus é mantido em circulação entre animais selvagens, principalmente roedores2. A transmissão para humanos pode ocorrer através do contato direto com sangue, fluidos corporais ou lesões de animais infectados2. A doença ganhou atenção global em 2022, quando um surto significativo ocorreu fora da África, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma emergência de saúde pública de interesse internacional2.
Sintomas e Transmissão
Os sintomas iniciais da mpox incluem febre, dores musculares, cansaço e linfonodos inchados. Uma característica marcante da doença é o aparecimento de erupções cutâneas, que geralmente começam no rosto e se espalham para outras partes do corpo, incluindo mãos, pés e genitálias. Os sintomas aparecem entre 6 e 13 dias após a contaminação, mas podem levar até três semanas para se manifestarem. Em casos leves, os sintomas desaparecem sozinhos dentro de duas a três semanas1.
A transmissão da mpox ocorre principalmente através do contato físico com uma pessoa infectada, materiais contaminados ou animais infectados. A disseminação via relações sexuais também foi identificada como uma via significativa de transmissão durante o surto de 20221.
Medidas de Prevenção e Vacinação
Para prevenir a mpox, é fundamental manter a higienização constante das mãos e evitar contato com pessoas infectadas. No Brasil, a vacinação contra a mpox está disponível para maiores de 18 anos que vivem com HIV e têm contagens de células T CD4 inferiores a 200 nos últimos seis meses1. A vacina Jynneos, também conhecida como Imvamune ou Imvanex, é uma das poucas disponíveis no mundo e está sendo utilizada para proteger grupos de maior risco3.
Situação Atual e Perspectivas
Apesar do aumento de casos em 2024, o Ministério da Saúde avalia que o risco para o Brasil é baixo. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde têm monitorado de perto a situação e implementado medidas para controlar a disseminação da doença. A criação de um Grupo de Emergência em Saúde Pública e a instalação de um Centro de Operações de Emergência em Saúde são algumas das ações tomadas para coordenar a resposta à mpox14.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também tem emitido recomendações para lidar com o surto global de mpox, destacando a importância da colaboração transfronteiriça para a vigilância e gestão de casos suspeitos. A OMS enfatiza que restrições gerais de viagens e comércio teriam um impacto desnecessário nas economias locais e regionais3.
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